Foto: Joilson César / Política ao Vivo

O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, negou que o Governo do Estado esteja disputando com o Governo Federal pelo protagonismo da campanha de vacinação contra a Covid-19. A vacinação começou na Bahia nesta terça-feira (19).



O presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria, vêm travando uma guerra política em torno da vacina. Na última segunda (18), Bolsonaro afirmou que a Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao estado de São Paulo, “é do Brasil, não é de nenhum governador”.

Segundo Vilas-Boas, que vem negociando a compra da vacina russa Sputnik V, as ações do estado visam prevenção, e não a disputa com o Governo Federal.

“Eu refuto qualquer tentativa de disputa política. Estamos trabalhando nisso desde agosto. Eu assinei o memorando de entendimento com os russos em agosto. Nós compramos as seringas, agulhas e freezeres no ano passado. A logística foi feita com muita antecedência. Eu sabia que ia faltar agulha, que ia faltar vacina. O governador Rui Costa esteve à frente dos problemas, O governo está agindo de forma responsável e preventiva”, disse o secretário, em entrevista na manhã desta terça (19), durante o evento de aplicação das primeiras doses da Coronavac.

Vilas-Boas também disse que serão vacinadas 180 mil pessoas do grupo de risco por conta da pouca quantidade de insumos. Com isso, metade das 376 mil vacinas enviadas ao estado pelo Ministério da Saúde será guardada para aplicação da segunda dose.

“A pior coisa seria distribuir pra 370 mil pessoas e descobrir, daqui a um mês, que não terá segunda dose. Vamos com calma, a posição mais cautelosa que temos é essa. Vamos guardar, por precaução, metade das doses. Se, daqui a um mês descobrirmos que temos doses suficientes, chamamos mais pessoas”, explicou.





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