Foto: Reprodução / Instagram

O secretário de Saúde de Salvador, Léo Prates (PDT), analisou o atual momento da pandemia do novo coronavírus vivido pela capital baiana e alertou sobre o risco de um colapso no sistema de Saúde.



“É uma situação que nunca vivemos na pandemia. Acordamos com 96 pessoas solicitando regulação nas UPAs e 54 em UTI. Eu diria que o sistema de saúde caminha a passos largos para colapsar”, disse Prates, em entrevista à Rádio Metrópole, nesta terça-feira (2).

Leo Prates afirmou ainda que o alto índice de casos é um ponto evidente da circulação de novas variantes do coronavírus. Segundo o secretário, o risco de colapso está cada vez mais claro.

“Nós tivemos a confirmação através da Sesab dessas três cepas: a peruana, a que está sendo chamada de ‘Brasil’ e a do Reino Unido. Apesar de termos dados epidemiológicos que não são bons nesse momento, não são nada parecidos com o auge da primeira onda. Estamos numa situação no sistema de saúde muito pior que a primeira onda. Nós nunca tivemos risco de colapso na primeira onda, mas hoje temos, especialmente nas UPAs”, afirmou.

Prates ainda criticou o governo federal pela falta de um cronograma de chegada de novos lotes de vacinas contra a Covid-19. Segundo o secretário, os imunizantes se esgotam rápido por conta do esquema de vacinação do município. Está previsto para que novas vacinas cheguem nesta quarta-feira (3) a Salvador.

“Não tem cronograma. É uma semana para outra, um dia de cada vez. Tenho sempre comparado time de vacinação com um time de futebol. Na quinta-feira tivemos pela primeira vez problema na vacinação. Tivemos problema na USF de San Martin e no Centro de Convenções. Rapidamente nós agimos e conseguimos com o secretário Marcelo Oliveira uma escola ao lado da unidade da San Martin e criamos uma sala de vacina. No Centro de Convenções, criamos um centro de vacinação na Jorge Amado e conseguimos dividir o público, melhorando o sistema. No domingo já estava funcionando muito melhor”, disse.





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