A partir de amanhã (16), primeiro dia pós-eleição, o governador Rui Costa já enfrenta um grande desafio: manter a base unida se quiser chegar a 2022 com o mesmo leque de aliados.
Com uma falta de traquejo para negociar com suas lideranças e mesmo com quatro candidatos à prefeitura de Salvador por sua base, o governador sai dessa eleição desagradando mais do que agradando. Os aliados do governador não poupuam queixas sobre ele. A informação é do colunista Levi Vasconcelos, do jornal A Tarde.
“Deputados resmungam por onde andam que Rui é um excelente gestor, mas não dá muita bola para os políticos, eles inclusos. As querelas das eleições deste ano, com o embate entre aliados, aduba as queixas. Dizem que a eleição na Assembleia será o primeiro teste”, informou o colunista.
Ao BNews, os próprios aliados, em anonimato, avaliaram essa eleição municipal como um “desastre” para o governador.
“Uma total bagunça. Ele concentrou os esforços em Denice, e não houve discussão para alinhar o apoio em uma única candidatura. Ainda me coloca uma militar”, disse à reportagem, em condição de anonimato, uma liderança do PCdoB ao BNews.
No Podemos também há insatisfação. A sigla, inclusive, por pouco não saiu da base. Isso só não aconteceu porque o governador prometeu dar a ela mais espaço.
“Esse negócio dele ser técnico, não gostar de política…ele é gerente, por acaso?”, indagou um nome da sigla ao BNews.
“Uma campanha horrorosa, uma candidata [Major Denice] artifical”, completou a fonte, em anonimato.
Segundo o Vasconcelos, a eleição na Assembleia será o primeiro teste para desafio de manter a base aliada.
Mas o posicionamento do governador nessa questão já vem desagradando aliados. Rui já entrou em conflito, por exemplo, com seu vice-governador. Enquanto João Leão é a favor de manter Nelson Leal na presidência, o petista quer que o PSD assuma a casa, cumprindo com o acordo feito anteriormente.