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Fotos: Secom/GOVBA / Agência Brasil

O presidente do Instituto dos Auditores Fiscais da Bahia (IAF-BA), Marcos Carneiro, afirmou que a pressão para que os estados reduzam o ICMS cobrado sobre os combustíveis não surtirá efeito algum na alta dos preços, caso a medida seja adotada.



Segundo Marcos, o ICMS é a maior fonte de arrecadação do estado, mantendo despesas de gestão, como educação e saúde. O auditor também aponta como ‘falácia’ o discurso adotado pelo presidente Jair Bolsonaro, que tem feito a pressão sob os governadores, incluindo Rui Costa (PT). Não adiantará, de acordo com Marcos, reduzir os impostos estaduais e os tributos federais, já que a redução desses tributos não causará impacto algum na arrecadação federal, cenário diferente do enfrentado pelos estados.

“O ICMS impacta no valor final dos preços, mas sempre foi assim. Não é algo novo. O governo federal vai lá e diz: ‘vou reduzir meus tributos sobre os combustíveis, agora, os estados têm que fazer o mesmo’. Isso é uma grande falácia. Até porque os impostos federais incidem muito pouco na arrecadação total. Então, é brincadeira dizer que os estados devem reduzir essa tarifa e ter condição de financiar a saúde, educação, segurança e habitação, por exemplo”, explicou o auditor, em entrevista ao Bahia Notícias, que ainda aponta saídas para os governadores.

“O estado pode fazer intervenções subsdiadas no transporte público. Reduzir a alíquota para esse segmento, vai beneficiar quem ganha menos. Outra intervenção seria no preço do gás de cozinha. Barateando o valor do produto para quem estiver inscrito no CadÚnico”, sugeriu.

O governador Rui Costa (PT) assinou, junto com outros 19 governadores, uma carta onde desmente o presidente Jair Bolsonaro e o seu discurso culpando os impostos estaduais pelo preço alto dos combustíveis.



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