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Foto: Reprodução / Instagram

A Prefeitura de Salvador pode responder um procedimento investigatório criminal por não realizar a remoção dos entulhos de demolições de casas, que tinha como prazo a segunda-feira(13), no bairro do Tororó, Zona Especial de Interesse Social.



Desde 2017, a Prefeitura ameaça a permanência da população com uma reintegração de posse para viabilizar a construção de um shopping, em parceria com a empresa Nova Lapa.

Na audiência pública “O futuro do Tororó e o Direito à Moradia e Trabalho no Centro de Salvador”, a comunidade revelou que os ataques do Executivo vão desde casas sendo demolidas em plena pandemia, entulhos deixados pelas calçadas  e pressão psicológica.

A vereadora Maria Marighella (PT) constrói desde 2021 ações e encaminha solicitações à prefeitura, a partir das demandas apresentadas por representações de entidades e movimentos sociais, mas todas seguem sem respostas. Entre elas um ofício de solicitação ao Prefeito Bruno Reis e ao Secretário de Mobilidade Urbana, gestor do contrato com o consórcio Nova Lapa, Fabrízzio Muller para a retirada de entulhos de demolições realizadas pela Prefeitura na ZEIS do Tororó com o objetivo de construir “docas” para o novo estabelecimento comercial.

“A demanda era de extrema urgência em razão do acúmulo de entulhos, que cobriu bueiros e provocou alagamentos nas chuvas fortes do final de 2021, com inúmeros problemas gerados à população, entre eles, o risco de contrair leptospirose, arboviroses, dentre outras doenças provocadas a partir de bactérias e mosquitos gerados nas águas empoçadas. O volume da água provocou perda de equipamentos de trabalho, móveis e eletrônicos. Foram anexados fotos feitas pelos moradores da Rua Monsenhor Rubens Mesquita das últimas chuvas.  O município ignorou solenemente essa demanda”, revelou a vereadora.

As demolições, conta a vice-líder do PT na Câmara, impactaram residências vizinhas, ainda ocupadas, e seguem danificando a integridade e dignidade da vida na comunidade, a saúde física e mental dos moradores.

“A questão do Tororó é um conflito muito central por ser uma Concessão Público Privada, para gestão de uma estação de transbordo, que deveria ter como princípio melhorar à condição de vida de uma população sobretudo aquela diretamente impactada e que no meio do processo de concessão, aparece um projeto de shopping, num território que já tem outros dois shoppings. Um estacionamento de um shopping como justificativa para remoção forçada de famílias numa área de Zeis, onde se deveria promover a moradia digna e segurança na posse”, critica Maria Marighella.



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