O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou que a Operação Lava Jato “apoiou a eleição de Jair Bolsonaro” e “tentou interferir” no resultado eleitoral. Além disso, a operação “agiu para perturbar o país” durante a gestão de Michel Temer. As declarações foram dadas na última segunda-feira (15), à BBC Brasil.



Próximo de liberar o julgamento da ação em que o ex-presidente Lula pede a anulação da condenação no caso do Tríplex do Guarujá, Gilmar Mendes disse que o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça Sergio Moro “fez tudo o que não condiz” com o que se espera da relação entre juiz e Ministério Público em uma investigação criminal.

O julgamento começou em dezembro de 2018 e foi interrompido por um pedido de vista de Mendes. A defesa de Lula questionava a imparcialidade de Moro e chegou a citar como uma das provas disso o fato de o juizaceitar ser ministro da Justiça do governo Bolsonaro.

“A Lava Jato tinha candidato e tinha programa no processo eleitoral”, disse Mendes. “Primeiro a Lava Jato atua na prisão do Lula. Prestes à eleição, a Lava Jato divulga o chamado depoimento ou delação do Palocci, tentando influenciar o processo eleitoral. Depois, o Moro vai para o governo Bolsonaro, portanto eles não só apoiaram como depois passam a integrar o governo Bolsonaro”, completou.





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