Foto: Política ao Vivo / Rede Bahia

Moradores da região do Subúrbio Ferroviário ficarão sem o trem que ligava o bairro de Paripe à Calçada a partir do próximo dia 15 de fevereiro, após decisão do governador Rui Costa de retirar o transporte para a construção do VLT.


Entrevistado pelo Política Ao Vivo, Gilson Jesus, nome ligado ao Grupo de Ambientalistas da Bahia (Gambá) e ao movimento que atua em defesa da permanência do Trem do Subúrbio, falou sobre os impactos que a saída do transporte pode causar à população local.

Além dos passageiros, que pagavam apenas R$0,50 pela passagem, cerca de 300 funcionários ficarão sem emprego a partir do mês que vem.

“São cerca de 300 funcionários e 96 são de carreira, que passaram pela administração da CBTU, pela prefeitura, durante a gestão de João Henrique, até a CTB. Alguns deles já são aposentados e estão desligados, mas para os ativos o governo irá propor um programa de demissão voluntária”, explicou.

“Os outros funcionários são de serviços terceirizados, segurança, bilheteria, serviços gerais, que ganham um salário mínimo e que já estão dentro do aviso prévio para serem demitidos. É algo gravíssimo, pois a gente sabe que a Bahia é líder em desemprego e com a pandemia isso é inadmissível de um governador. Dificultar a vida de 14 mil pessoas que andam de trem, trabalham como autônomos da Calçada. E ninguém tem condições de pegar o modal novo com o mesmo valor do ônibus”, pontuou.

Indignado com a situação, Gilson ainda teceu críticas à construção do VLT, que segundo o governador Rui Costa, irá substituir o transporte ferroviário.

“Isso terá impactos muito grandes, sociais, ambientais, culturais e econômicos. Isso é um crime, esse VLT é uma fake news, uma enganação.”, disse.





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