Foto: Paula Froes/ GOVBA

Um despachante de veículos do Detran-Ba revelou, em entrevista ao jornal Correio, como funcionava o esquema que ocorria no órgão envolvendo empresas para prestação de serviço de venda de placas de veículos em Salvador.



O esquema foi revelado na última quarta-feira (10), após o Ministério Público da Bahia (MP-BA), em conjunto com as polícias Civil e Rodoviária Federal deflagrarem a operação Cartel Forte, que investiga o caso.

“Há um local central que distribui o material e você não tem pra onde correr, ficamos reféns disso. Todo mundo acaba pagando de apenas um local só, tanto eu que sou despachante como você que é cliente. De modo geral, tá todo mundo dentro desse sistema. Claro que sempre tem alguém que trabalha com clareza e reputação, mas até separar o joio do trigo fica complicado. O que garanto é que muita gente está dentro dessa situação, pois a situação nos obrigou a entrar. Ou é isso ou a pessoa não consegue trabalhar”, contou o despachante ao Correio.

Por conta da operação, o profissional revelou ainda que comentou com clientes que a entrega de placas pode sofrer atrasos. “Temos que ver agora quem vai continuar habilitado, quem é que poderá trabalhar. Eu acredito que daqui para frente vão ter fabricante legais. Nesse momento a gente não tem”, disse.

Segundo o MP-BA, duas pessoas foram presas preventivamente. Além disso, foram apreendidos R$ 593 mil em espécie e cheques, dez celulares, cinco notebooks, dois ipads, uma CPU e diversos documentos. Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão na sede da Associação Baiana de Estampadores de Placas Veiculares, situada no Shopping da Bahia, e em outras quatro empresas em Salvador e Lauro de Freitas.





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