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O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em depoimento à Justiça Federal em Brasília nesta segunda-feira (6), revelou ter marcado uma audiência em 2010 entre Lúcio Funaro e o ministro Moreira Franco, à época vice-presidente da Caixa, mas que, diferentemente do que o doleiro delatou, ele não recebeu propina pela intermediação.

O peemedebista afirmou que o operador não esteve com o presidente Michel Temer nas três ocasiões em que Funaro mencionou em seus depoimentos – em um culto evangélico, em um comício em Uberaba (MG) e na base aérea de São Paulo.

No início do interrogatório, Cunha adiantou que vai rebater cada ponto da colaboração de Funaro, fechada em setembro com a Procuradoria-Geral da República (PGR), e que não responderá às perguntas da defesa do delator.

“Se Moreira Franco recebeu [propina], e se tratando do Moreira Franco até não duvido, não foi através das minhas mãos”, disse Cunha ao juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal, onde o ex-deputado é réu em uma ação penal sobre desvios no fundo de investimentos do FGTS, administrado pela Caixa.

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