Foto: Agência Brasil

Uma matéria veiculada pelo BBC , em fevereiro, aponta uma tendência de aumento no número de suicídios durante a pandemia do novo coronavírus. O levantamento usou o Japão, país localizado Ásia, como referência, mas diz que a situação também se reflete no Brasil.



Segundo a reportagem, o Japão registrou em 2020 um aumento de pessoas que tiraram a própria vida. Foi a primeira vez em 11 anos que os números registraram alta. Os dados mostram que só em outubro de 2020, houve uma alta de 70% em casos de suicídios de mulheres no país.

Um dos motivos apresentados no estudo é o isolamento de jovens e mulheres, por conta da pandemia da Covid-19, que modificou relações e restringiu a população de atividades praticadas antes do surto da doença.

A Organização Mundial da Saúde afirmou, em um estudo divulgado em 2020, que o suicídio é a terceira maior causa de morte entre os jovens de 15 e 29 anos no Brasil. No país, que vive um dos piores cenários da Covid-19, a situação econômica e as medidas de restrição podem pontencializar comportamentos depressivos.

Na última terça-feira (9), um feirante de nome Adailton retirou sua vida por conta das dívidas acumuladas por sua família, em Salvador, fruto do baque da economia, tanto pela pandemia como pelas medidas restritivas. Mas, o caso de Adailton não é isolado e reflete a realidade de uma sociedade que enfrenta um momento atípico.

Em setembro de 2020, o psiquiatra Humberto Corrêa afirmou a uma revista que as taxas de suicídio tendem a crescer no país, como um retrato das crises sanitária e econômica vividas.

“Os últimos dados oficiais no Brasil, divulgados este ano, são de 2018. Ainda vai demorar um tempo para sabermos os números de 2020. Contudo, especialistas apontam que muito possivelmente as taxas de suicídio vão aumentar”, disse na ocasião.





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