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Foto: Divulgação / Sesab

O Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) dobrou a velocidade de análise após a instalação de três novos termocicladores, que são equipamentos utilizados para detectar o Sars-CoV-2 (Covid-19) utilizando a técnica de biologia molecular do tipo RT-PCR. Até o momento, a unidade já realizou mais de 950 mil exames do tipo RT-PCR desde o início da pandemia e deve chegar a 1 milhão nos próximos 15 dias.



Secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas informou que “foram investidos mais de R$ 20 milhões nos últimos anos pelo Governo do Estado e a unidade agora é referência nacional em testes do tipo RT-PCR e sequenciamento genético de amostras da Bahia e de outros cinco estados (Sergipe, Alagoas, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte)”.

Outros equipamentos chegarão em breve, conforme explica a diretora geral do Lacen-BA, Arabela Leal. “Estamos em processo de aquisição de mais três extratores e dois pipetadores robotizados que vão ampliar ainda mais a nossa capacidade de realizar RT-PCR, bem como outro equipamento de sequenciamento genético”, ressalta.

O sequenciamento genético de amostras da Covid-19 pelo Lacen-BA é fundamental para conhecer as rotas de transmissão do vírus, a diversidade e pode auxiliar o desenvolvimento de vacinas e medicamentos para o tratamento da doença.

De acordo com o secretário da Saúde da Bahia, o sequenciamento é a leitura do genoma (DNA ou RNA) de um organismo. “Saber como o Sars-CoV-2 (Covid-19) se comporta em nível genômico auxilia o desenvolvimento de vacinas e drogas eficientes, sobretudo, ao considerar as mutações identificadas. Traçando um paralelo com outros tipos de vírus, não é incomum pacientes desenvolverem “resistência” ao medicamento e isso ocorre não porque o paciente ficou resistente, mas sim o vírus”, ressalta Vilas-Boas.

Desde o início da operação em fevereiro deste ano, a Bahia já sequenciou 176 amostras, sendo 32 finalizadas ontem (31), segundo a diretora geral do Lacen-BA. “As variantes de maior atenção estão relacionadas as cepas do Reino Unido (B.1.1.7) e de Manaus (P1), que são consideradas mais contagiosas. Juntas, elas foram detectadas nos municípios de Amargosa, Anguera, Brumado, Cipó, Cruz das Almas, Feira de Santana, Guanambi, Ilhéus, Itabuna, Itapetinga, Irecê, João Dourado, Lauro de Freitas, Luís Eduardo Magalhães, Mutuípe, Salvador, Santa Luz, São Sebastião do Passé e Serra Preta”, destaca.

Vilas-Boas pontua ainda que a forma mais eficaz de se combater o coronavírus é acelerar a vacinação. “A Bahia já vacinou 12,85% da sua população, ocupando a segunda posição em um comparativo nacional. Porém, o Ministério da Saúde precisa enviar mais doses”, avalia.

Além das variantes de Manaus e do Reino Unido, já foram detectadas na Bahia cepas do Peru e Rio de Janeiro. Atualmente o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia é a terceira maior unidade de vigilância laboratorial do país e classificado na categoria máxima de qualidade pelo Ministério da Saúde, sendo responsável pelo sequenciamento de amostras dos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte.





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