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Fotos: Reprodução / TV / Divulgação / Agência Brasil

Sem rumo depois de perder a disputa pelo Governo do Estado, no domingo passado, ACM Neto (União Brasil) se une a outros dois ex-prefeitos de Salvador que, além de acumularem derrotas nas urnas, também não possuem perspectivas políticas claras a curto e médio prazo.

Para quem sempre esteve à frente das mais importantes decisões políticas do país, Neto agora terá que lutar para seguir tendo relevância no cenário nacional. Ele ocupa neste momento o mesmo espaço que Antonio Imbassahy e João Henrique, ex-prefeitos da capital baiana que, sem mandato, lutam pela sobrevivência política.



Juntos, ACM Neto, Imbassahy e João Henrique governaram Salvador de 1997 a 2020, ou 24 anos. Cada um dos dois esteve à frente do Palácio Thomé de Souza por dois mandatos – de quatro anos, cada.

Desde que deixou a Prefeitura de Salvador, Imbassahy acumulou derrotas e vitórias nas urnas. Em 2006, dois anos após deixar a cadeira de prefeito, romper com o carlismo e se filiar ao PSDB, tentou se eleger senador, mas ficou em terceiro lugar. Dois anos depois, disputou a Prefeitura de Salvador, mas terminou na quarta posição.

Em 2010, se elegeu deputado federal, cargo para o qual foi reeleito em 2014. Em 2018, não conseguiu manter o mandato na Câmara dos Deputados. Chegou a ser ministro de Michel Temer (MDB) e seguiu com a carreira longe da Bahia, como secretário de João Doria (PSDB) no Estado de São Paulo.

Seu sucessor, João Henrique, no entanto, só acumulou derrotas desde que deixou o Thomé de Souza. Em 2016, foi candidato a vereador de Salvador pelo PR (atual PL, partido do presidente Jair Bolsonaro), mas não conseguiu se eleger. Em 2018, tentou o Governo do Estado, apoiando o então candidato Jair Bolsonaro, mas obteve somente 38 mil votos, ficando em quarto lugar, atrás do PSOL.

Agora, ACM Neto tentará fazer um caminho diferente dos seus antecessores. Para o neto de ACM, restará assumir um papel de destaque nas eleições municipais de 2024, que não deve disputar, e retornar às urnas em 2026, quando terá três opções mais viáveis: enfrentar Jerônimo Rodrigues (PT) em sua reeleição, disputar uma das duas vagas de senador ou se candidatar a deputado federal,



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