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O ex-ministro e ex-candidato à presidência, Ciro Gomes, voltou a criticar a maneira como Jair Bolsonaro vem conduzindo o Brasil durante a pandemia do novo coronavírus. Para ele, a “confusão diplomática” criada pelo Governo Federal e a escolha de Eduardo Pazuello como ministro da Saúde apontam o motivo do Brasil está “na ponta final da fila da vacinação”. A declaração foi dada em entrevista à rádio Metrópole, na manhã desta quarta-feira (24).



“No mundo inteiro a Covid-19 está arrefecendo, diminuindo a intensidade. É uma doença que não tem remédio precoce, e o presidente da República, como um charlatão, desorientou muitos brasileiros, ele próprio prescrevendo remédios como ivermectina, que está gerando muitos problemas de hepatite medicamentosa, ou a tal cloroquina, que ele comprou por seis vezes o preço, dando uma ordem ao Exército brasileiro pra produzir um remédio que não presta para rigorosamente nada, a não ser aquilo para que foi criada, a malária. Não tendo remédio, só tem uma saída, é a vacina. (…) Em agosto do ano passado, a Pfizer já tinha dominado o princípio ativo da vacina e ofereceu ao mundo inteiro essa vacina para planejar a produção. E destacou, para entregar em dezembro passado, para o brasil, 70 milhões de doses. Pois bem, eles mandaram um ofício em agosto, um em setembro, dois em outubro, e o governo Bolsonaro com esse palerma que ele colocou, um general da ativa, só um país que foi levado a breca admite na pior crise de saúde pública colocar um camarada que não entende absolutamente nada de saúde, tendo trocado de ministro três vezes”, disse.

“O Brasil está na ponta final da fila da vacinação. O Chile, nosso vizinho, mais pobre que nós aqui, já vacinou 14% da população. O Brasil não inteirou 3% e já estão faltando as vacinas, porque simplesmente entramos num jogo de ideologia, em que os princípios ativos da vacina, por regra, vêm da Índia e da China, e o Bolsonaro arrumou uma confusão, ele e seus familiares boçais e bandidos, arrumaram uma confusão diplomática, de maneira que o Brasil está na ponta final da fila. São dezenas de milhares de pessoas que podiam ter suas vidas salvas, estão morrendo e vão morrer ainda”, completou.





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