Foto: Paula Froes/ GOVBA

Daniel Souza
O Governo do Estado descumpriu o prazo estipulado pelo Tribunal de Justiça da Bahia para a entrega de um estudo indicando alternativas de transporte para a população do subúrbio, no período em que será construído o monotrilho, e os moradores da região buscam uma solução para o impasse.


Advogado do Grupo Ambientalista da Bahia, Pedro Coelho – do escritório Coelho, Bastos e Marques -, afirmou para o Politica ao Vivo que o Governo da Bahia não pode deixar desamparada a população que não conseguirá arcar com o aumento de 700% na tarifa do novo modal de transporte público.

“O que estamos discutindo é a efetividade dos direitos fundamentais garantidos na Constituição, você não pode ter um retrocesso para uma parcela de 3 mil pessoas que vivem com renda média de aproximadamente R$ 250. Vai retirar dessas pessoas o acesso ao transporte?”, questionou.

“Nossa preocupação é com essas pessoas que precisam de preços acessíveis no transporte e não podem pagar a tarifa de R$ 4,20. Não somos contra a obra ou contra o estado, somos contra deixar essas pessoas desamparadas.”, acrescentou.

Ainda segundo o advogado, que representa o grupo que pede uma melhor análise dos impactos da construção do monotrilho na cidade, o GAMBÁ continuará no exercício da sua missão, acompanhando a situação para garantir que o direito à mobilidade urbana dos mais vulneráveis seja garantido .

“Essa obra vem sendo acompanhada e, diante de seus impactos, é preciso, por exemplo, ficar atento também à regularidade das desapropriações que estão por vir. Nós buscamos o respeito aos direitos fundamentais, e quando o governo diz ‘estamos melhorando o transporte’, ele não pode deixar desassistida uma parte da população. Nós fizemos o pedido com base em um estudo, que mostrou que o estudo feito pelo Governo não contemplou essa parte da população. Este foi o motivo que nos levou a demandar o Judiciário”.

Política ao Vivo entrou em contato com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), responsável pela obra, ainda na tarde de quarta-feira (12), mas até o momento não obteve resposta.





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